sexta-feira, 23 de março de 2012

Democracia


Sempre considerei estranho o conceito de democracia: "Governo do povo para o povo"...
Só que o "povo" eleito se transforma em "político", e aí começa a confusão: o político acha-se mais poderoso que o povo que o elegeu!
Depois vem a divisão de governo: Executivo, Legislativo, Judiciário.
Um sempre dificultando os atos do outro.
O Executivo vira servidor do Legislativo, de quem depende.
O Legislativo acha que é o dono da situação, com "poderes" para querer o que lhe convém ou interessa.
O Judiciário, "deus todo poderoso", "intocável", "incorrupto", muito ocupado e misterioso, demora sempre no julgamento de qualquer ação!
Isto porque a Justiça é o fiel de uma balança delicada. É lento e difícil de ser equilibrada...
Enquanto isto, o povo fica esperando as coisas melhorarem: educação, saúde, emprego, oportunidades, salário...
Mas o tempo real passa mais rápido que o "Tempo Democrático". Então precisamos de "novas idéias" - nova eleição!
A Democracia é uma fábula moderna para a juventude. A moral da estória é o jovem quem determina.
Pena que ele não tenha experiência de vida, nem maturidade para decidir com sabedoria.
O tempo passa, o sonho passa, a juventude passa... Ainda bem que nos resta a Democracia, para tudo recomeçar outra vez com novas "eleições"!...

2 comentários:

  1. Concordo!

    Em geral, há uma confusão e mistura ilusória de conceitos (talvez estrategicamente disseminada), que é "democracia" com "liberdade de expressão".

    Esta última sim, é desejada e deve ser preservada, mas mesmo ela precisa de ter limites, pois senão vira anarquia, ofensa, discriminação, subversão à ordem e prejuízo ao bem comum!

    Já a democracia, é um sistema político que precisa evoluir. Eu acho que seu artigo está brilhante, mostrando toda sua fragilidade.

    Destaco aqui três pérolas:

    "Mas o tempo real passa mais rápido que o "Tempo Democrático". Então precisamos de "novas idéias" = nova eleição!"

    "A Democracia é uma fábula moderna para a juventude. A moral da estória é o jovem quem determina."

    "o 'povo' eleito se transforma em 'político', e ... o político acha-se mais poderoso que o povo que o elegeu" e o 'político' deixa de ser 'povo'!

    Em resumo: eleição não resolve nada! Se tivesse que resolver, teria resolvido nas eleições passadas e não haveria necessidade de novas (exceto pelo motivo que a senhora bem expôs).

    Eleições fariam sentido se todos concordassem com o resultado obtido e se unissem em torno da decisão, sem oposição. Senão, teremos uma definição apurada na eleição como maioria (50% mais 1) e uma grande minoria (50% menos 1) descontente, rancorosa e puxando o tapete para que os outros não sejam bem sucedidos, ainda que para o interesse de todos.

    O próprio conceito de Partido Político é uma piada: nunca vi nome mais apropriada... vivem divididos, desunidos entre si e contra os outros!

    Nem vou falar da periodicidade das eleições e manutenção de cargos, um prato cheio pros corruptos e pros que querem tirar o maior proveito durante a gestão ("que seja eterna enquanto dure"), principalmente financeira e com desvio de verbas públicas (público passa a soar como "de ninguém" em vez de "nosso").

    Mas vou reafirmar que eleições, enquanto houver voto obrigatório, não é representativo da vontade política do povo, mas um mecanismo de manipulação de poder e um desperdício enorme de dinheiro para enriquecer bolsos e contas bancárias de alguns.

    Enfim, democracia não é um tema político... é um tema polêmico! rs

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  2. Acho que a democracia daria um grande salto evolutivo quando for pré-requisito para se candidatar a qualquer cargo político apresentar um certificado de sanidade mental emitido por pelo menos 3 psiquiatras idôneos escolhidos aleatoriamente, certificado este que ateste que o candidato NÃO é um SOCIOPATA!...

    Quer saber porque?

    As características dos sociopatas englobam, principalmente, o desprezo pelas obrigações sociais e a falta de consideração com os sentimentos dos outros. Eles possuem um egocentrismo exageradamente patológico, emoções superficiais, teatrais e falsas, pobre ou nenhum controle da impulsividade, baixa tolerância para frustração, baixo limiar para descarga de agressão, irresponsabilidade, falta de empatia com outros seres humanos, ausência de sentimentos de remorso e de culpa em relação ao seu comportamento. Essas pessoas geralmente são cínicas, manipuladoras, e incapazes de manter uma relação leal e duradoura.

    Eles mentem exageradamente sem constrangimento ou vergonha, subestimam a insensatez das mentiras, roubam, abusam, trapaceiam, manipulam dolosamente seus familiares e parentes, colocam em risco a vida de outras pessoas e não sentem pena de suas vítimas. Esse conjunto de características faz com que os sociopatas dificilmente consigam aprender com a punição e modifiquem suas atitudes.

    E então, não se parece com a maioria dos políticos que anda por aí? :)

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