quarta-feira, 30 de maio de 2012

Problemas de Coração



Uma vez ouvi de um médico: "O único jeito de não envelhecer é morrer jovem!"
Ainda bem que não sou velha! Tenho idade... isto é, experiência.
Outro dia, acompanhando meu marido René a uma consulta, o cardiologista perguntou-me se eu queria fazer os mesmos exames que ele estava pedindo para o René.
Respondi:
- Não. Obrigada! Infelizmente doença é palavra feminina, e não pode ver médico que logo fica assanhada, aparece e ainda chama as colegas!... Deixe as minhas doenças dormirem sossegadas...
Ele deu uma gostosa gargalhada, claro! Mas mesmo assim pediu os exames (que faço de tempos em tempos), e eu continuo a tomar meus remédios regularmente. 
Então, veio-me à lembrança um fato que ocorreu comigo.
Quando nos mudamos para Uberlândia, antes de 2000, sentia dores no peito e falta de ar. Como ainda tínhamos um bom plano de saúde, procurei um cardiologista do plano. Ele pediu um cateterismo, dizendo que era um exame rápido, sem problema.
Fiz o exame, mas antes de sair de casa rezei para o Santo do dia (que era São Brás), pedindo proteção. Até acendi vela para ele, em agradecimento.
O resultado do exame foi terrível: artérias entupidas, inchadas, triste de se ver!
A família toda ficou preocupada e deram seu apoio total com visitas, telefonemas, amizade, orações e até mesmo oferecendo ajuda financeira, caso fosse necessário.
Mas eu "empaquei", e não quis operar por nada. Sabem por que?
  • Ainda em repouso pós exame no hospital, um tanto tonta, vi ao meu lado minha mãe balançando a cabeça, dizendo "não"! Foi tudo tão rápido e intenso que me marcou a memória para sempre!
  • Observando o exame, notei que a data que constava nele era 13 de fevereiro. Mas o dia do exame tinha sido 3 de fevereiro (dia de São Brás)...
Oras, concluí que aqueles exames não eram meus! Mesmo com meu nome escrito nas folhas.
Procurando outro cardiologista mais tarde, este recomendou-me fazer novos exames, pois achou que meus sintomas eram pouco preocupantes em relação à gravidade da situação apontada pelos exames, e também estranhou a confusão das datas...
O que é incrível é que nunca senti nada, mesmo tanto tempo depois daquela data! É claro que tomo remédio para controlar a pressão e faço exames de sangue (colesterol, etc) com certa regularidade.
Mas, apesar da minha idade, faço de tudo em casa: cozinho, cuido das compras, do René e de todos os compromissos que tenho. Mesmo tendo a ajuda da minha filha, faço muita coisa sozinha, e gosto disto!
E olhe que o René já nos passou 3 grandes sustos: 2 infartos confirmados (teve mais um que foi inconclusivo) e 1 AVC (derrame), agravados por ser diabético. Como felizmente foi atendido a tempo e com eficiência pelos médicos e enfermeiros da Medilar (um plano de saúde exclusivo para atendimentos de emergência), e dos UAIs (unidades de atendimento médico da prefeitura) de Uberlândia, tudo correu bem.
Apesar destes sustos e do desgaste que é cuidar de alguém doente, o que exige atenção integral, tenho saúde, muita energia, gosto de viver. E tudo isso apesar da idade!
E olhe que não sou velha, só tenho muita idade! :) E gosto muito da vida.

Velha é a... ;)

Conclusão: cuide-se, vá a um bom médico, tome os remédios que precisar. Mas confie na sua intuição. Você se conhece melhor que ninguém! 

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Verdade! Erros... Razão.



Eu aprendi na jornada profissional e da vida que chefe, pai e mãe têm sempre razão.
Quanto menos discutir com eles, melhor!
Isto faz com que os funcionários e filhos se "fechem", evitando diálogos e também que se sintam inseguros quando o "erro" lhes é imputado.
Chegam a ter medo do chefe, pois o funcionário é sempre o que errou porque não interpretou bem a ordem do chefe (chefe não erra, sempre tem razão!)
Com os pais é a mesma coisa: por culparem os filhos, reprimindo-os, provocam o afastamento deles. O filho se fecha, afasta-se. Muitas vezes por insegurança, o que é uma pena.
A aprendizagem da vida é feita com acertos e erros. Quando reparamos e corrigimos erros, estamos crescendo, aprendendo e valorizando os acertos.
Também precisamos ter a sabedoria de escolher bem o que falar, como falar, e ter a força da sinceridade nos relacionamentos.
Este "saber" traz como recompensa a admiração, amizade e gratidão!
Quanto menos se magoa, mais fácil fica o relacionamento.
Quem está com a "razão", muitas vezes não está com toda a verdade. Mas a razão dá forças para se sentir um super-homem ou mulher-poderosa, mas, muitas vezes, bem solitários.
Quantas vezes as pessoas assenhoram-se de nossos planos, idéias e soluções como se fossem seus...
Nunca fiquei aborrecida quando isto aconteceu, porque eu sabia que a idéia era minha, a inteligência de idealizá-la era minha, muito minha! E sentia-me realizada por ela ter dado certo!
Um provérbio que aprendi com minha mãe e que sempre me ajudou na vida profissional:
"Em boca fechada não entra mosca!" (caiu nos meus ouvidos... morreu!)
Com ele aprendi a conviver, ouvir e calar. Aprendi a ouvir as reclamações, fofocas do dia-a-dia, com discrição e sem dar "razões", mas procurando ajudar a resolver os problemas, se fossem importantes.
Cuidado! Chefe, pai, mãe têm sempre razão. Só os "idosos" é que não! Que pena...

Mas notem bem: no início da minha vida profissional tive 2 ótimas amigas e incentivadoras que eram minhas superioras no trabalho: Dª Suzel e Dª Emma. Diretoras amigas, presentes e estimuladoras, sabendo elogiar, chamar atenção, ajudar com carinho e competência. Nem eram "chefes", mas boas companheiras de trabalho! E muito exigentes, acompanhando o crescimento das professoras e dos alunos com presença constante. Se tive sucessos, foram espelhados na convivência com estas grandes educadoras! Com elas aprendi a respeitar e conviver com chefes e superiores que sempre foram mais que isso: foram amigos e estimuladores.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Família: Pai, Mãe e...


Na minha longa jornada tenho encontrado muitas pessoas que me estenderam a mão, ajudando-me na caminhada.
Entre elas, com muito orgulho, guardo na lembrança seus exemplos: meu querido Pai e minha Mãe guerreira. Sem me esquecer do Dr. Lucas, nosso vizinho, que da janela de seu sobrado, vendo-me dar "aulas" para tocos de lenha, no nosso quintal, fez questão de custear meus estudos com uma bolsa pródiga, que muito me ajudou!

Meu pai, "Seu" Arthur
Meu querido Pai, "Seu Arthur", que morreu ainda jovem de pneumonia (naquela época, sem antibióticos, era chamada de "mal dos sete dias": quem sobrevivia os 7 dias, livrava-se dela, os que não aguentavam, morriam), era muito querido, com muitos amigos que choraram conosco sua morte prematura.

Eu, quando tinha 5 anos, muito interessada, acompanhava as "aulas" do meu pai para meus 2 irmãos mais velhos, orientando-os nas tarefas de casa. Com carinho ensinou-me a ler, a pesquisar nos mapas e dicionários - a minha paixão!
E sabem do que ele mais gostava?
Era de deitar na cama do casal com os filhos ao redor, depois do serviço, e contar estórias do passado, dos amigos e parentes - isto formou um vínculo muito forte entre todos nós.
Quando ele faleceu, em 1935, eu tinha de 7 para 8 anos. E, graças a ele, por já saber ler e escrever, pulei o 1º ano e entrei direto na 2ª série.
Papai era o amigo que nos escutava, incentivava e amava com seu grande coração. Ai, quanta saudade...
Infelizmente, quando jovem, eu tinha inveja das minhas amigas que tinham seus pais, eu também queria o meu!
Mas Dª Maria Julieta Ramos, minha mãe (ou Dª Mariquita, para os íntimos), não nos deixou entregue à tristeza!

Minha Mãe: Dª Mariquita (aos 80 anos!)
Com garra, amor, coragem e competência, criou os 6 filhos, ganhando a vida como professora, "crocheteira" e cozinheira para recepções e casamentos. Sempre ativa, atenta, cobrando nossas faltas e elogiando nossas vitórias.

Dª Mariquita, quanta saudade!...
Uma vez em que eu reclamava por não ter pai, ela me disse:
- Agradeça a Deus! Ele sabe o que faz. Já pensou seu pai viúvo, com 6 filhos com idades enfileiradas, trabalhando fora? Logo arranjaria uma "madrasta" para ajudá-lo na educação de vocês! O que você acha melhor: uma "madrasta" para ajudá-lo na educação de vocês ou a "mãe" que os ama e quer o melhor para vocês?
E olhe só: ela conseguiu! Com esforço e uma boa dose de sacrifício, criou a família, todos formados, casados e somos unidos até hoje!
Obrigada Mamãe, eu te amo muito, muito Dª Mariquita!
E os irmãos são amigos especiais, companheiros e sustentáculos nas dificuldades desta longa jornada.
Sou feliz por ter uma família unida e amiga!

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Ensino Antigo x Moderno


Eu e minha turma de 1958


Eu sempre me pergunto:
A Escola Antiga, decorativa, era boa? A cópia incessante do quadro-negro ensinava?
A 'decoreba' da tabuada valia a pena?
Escrever 10 vezes a palavra que tinha escrito errado ensinava a escrever certo?
O plano diário de aula, com visto da supervisora, ajudava o professor?
A disciplina forçada, de ficar em pé, de castigo, educava?
Nem sempre!
A aprendizagem é complexa, depende da didática, do interesse em aprender, da ajuda em casa, do carisma do professor.
O que vale e enriquece a aprendizagem até hoje é o "dom" de lecionar. É o professor acompanhar o dia-a-dia da aprendizagem, com sequência, paciência, diálogo e amor, muito amor à profissão e aos alunos. 
O interessante é que lembramos dos nomes dos nossos melhores professores com carinho, e carregamos até hoje muita bagagem aprendida na antiga escola primária.
O Governo modernizou a escola oferecendo livros. Ajuda?
Sim e não: ajuda e atrapalha!
Tanto o livro quanto o computador, facilitam a pesquisa e o interesse dos bons alunos, mas não valorizam a escrita, a interpretação oral e o diálogo, que tinham muita importância antigamente.
Os livros, dentro da didática dinâmica, agradam os professores atuais, mas muitas vezes estão além da capacidade de interpretação do aluno.
Será que hoje o professor ainda faz planos de aula diários, numa continuidade de aprendizagem, observando as dificuldades e as complexidades dos conteúdos dos livros, procurando facilitar a compreensão para a classe... ou simplesmente dizem: "Leiam o texto da página xx e respondam o questionário"?
O que observo, nos alunos que me procuram para ajudá-los nas tarefas, é a dificuldade que têm com a leitura, de ler o parágrafo com entonação, sentido e pausas adequadas. Eles soletram algumas palavras, erram na acentuação, não sabem seguir a pontuação adequadamente e não conhecem o significado de muitas palavras.
Muitos não sabem encontrar no texto as respostas dos questionários. 
Isto é ler sem interpretar! Que pena...
Qual é a melhor escola: a Antiga ou a Moderna?

segunda-feira, 21 de maio de 2012

"Conselheira" de ponto de ônibus - III


Outro sábado fui ao centro da cidade comprar remédios. Depois resolvi ir ao supermercado, que fica a uns 4 quarteirões da praça central. Mas ele estava fechado para reforma. Dei meia-volta e fui esperar o ônibus para voltar para casa.
No banco da praça estavam 2 senhoras também à espera de ônibus. Nisto, chega mais uma, reclamando da caminhada perdida (ela também ia ao supermercado) e da demora do ônibus.
Então começa a ladainha de reclamações: uma delas disse estar com fraqueza na perna e precisar de bengala; reclamou do sacrifício que é andar de ônibus. A outra reclamou da demora, dos ônibus sempre cheios e do mau-humor dos motoristas. Todas reclamaram dos maridos: egoístas, doentes e rabugentos; dos filhos ingratos e preguiçosos.
Eu perguntei a idade delas: uma tinha 61 anos, a outra 78 e a de bengala, 81.
- Que bom! - respondi - Eu sou a mais velha: tenho 84 anos.
- Nossa! Como a senhora está forte e conservada!
- É, minhas caras, eu gosto da vida e procuro resolver os problemas à medida em que aparecem. Agora, me digam: por que a pressa de chegar em casa? É pelo trabalho que nos aguarda? Ele não vai sair do lugar e nem brigar quando chegarmos... Nos esperam pacientemente... E ninguém vai fazê-los por nós! Então, que esperem!!! Deixem-me ter a liberdade de estar na rua, de poder andar, conversar e curtir a vida. Não tenha pressa... Vocês repararam como o céu está lindo hoje?
Todas olharam para o céu, acompanhando as nuvens travessas passeando nele, e se esquecendo das "reclamações".
Logo o ônibus chegou. Por sorte, estava relativamente vazio. 
Elas, sorrindo, deram-me um "adeusinho"...

(será que pararam de reclamar?...)


sexta-feira, 18 de maio de 2012

"Conselheira" de ponto de ônibus - II


Aos domingos à tarde eu às vezes vou à missa na Catedral de Nª Srª Aparecida, que fica em um bairro distante do meu. 
Tomo 2 ônibus: um até o centro e outro até a igreja.
Em uma dessas vezes desci do ônibus na praça Tubal Vilela (bem no centro da cidade) para pegar o outro. Como era domingo, a praça estava vazia e os ônibus tinham "sumido".
Sentei-me num banco, perto de um moço que estava com a cabeça bem abaixada. Pergunto-lhe:
- Você sabe se o ônibus 120 já passou?
Ele levanta o rosto e vejo que tem um lado da cabeça deformado, bem afundado, como se não houvesse osso no lado esquerdo do crânio.
Ele diz:
- Já me reparou? Todos fazem isto! Também, quem mandou eu dirigir de moto, em velocidade, depois de beber? Agora sou motivo de riso e de espanto!
- Nossa, meu filho! O que mais lhe importa na vida, é a beleza? Que pena! Veja as rosas: são belas, muito belas, mas logo murcham, ficam feias e são jogadas fora. Para onde foi a beleza? O que é beleza para você? É causar "admiração" ou admirar a nova vida que ganhou de presente, dando-lhe novas oportunidades para lutar, vencer e ser feliz? Aposto como sua família o apoia e está feliz por você estar vivo, andando, enxergando, falando, ouvindo, com todas as faculdades necessárias para bem-viver! Quer mais? Agradeça a Deus, aos parentes, aos amigos, e viva com a beleza interior! Esta não acaba! Acredite em mim.
Ele levantou, apertou-me as mãos e saiu andando de cabeça erguida.
Cena do filme "A Bela e a Fera"

quarta-feira, 16 de maio de 2012

"Conselheira" de ponto de ônibus - I


Aqui os ônibus demoram, demoram... Haja paciência!...
Mas eu adoro andar de ônibus: converso, gosto de ceder meu lugar aos "velhinhos" e mães, agradeço sempre ao motorista, que são todos muito atenciosos comigo, e coleciono novos amigos!
Mas notei que tenho um "papel importante" no ponto de ônibus: "conselheira"!
Com frequência alguém com problemas senta-se no banco do ponto de espera e se abre comigo.

Um dia, um rapaz bonito, estava com uma expressão de raiva, gesticulava impaciente. Eu lhe perguntei:
- Está sentindo alguma coisa? Precisa de ajuda?
- Não! - respondeu asperamente - Minha vida não tem jeito, estou pensando o que vou fazer!
- Que bom! Mas pense com calma para encontrar uma boa resposta para seus problemas. 
Ele olhou-me fixadamente e falou:
- Minha mulher é impossível! Muito egoísta, sempre reclamando... Saí de casa e fui morar com meus pais. Não deu certo! Era briga e reclamação o tempo todo!! Saí e fui morar com um amigo. Grande amigo.... Hoje mandou-me procurar outro lugar! Estou pensando o que vou fazer com minha vida.
- Você reparou que até agora reclamou de todos que lhe deram a mão? Você é homem, deve ter coragem de admitir que está errado. Quer perfeição de todos, mas a seu modo egoísta! Egoísmo é pobreza de espírito. Ou, quem sabe, você é o único "homem perfeito da terra", sem defeitos nem fraquezas?... Já conversou com sua esposa, amigavelmente, se desculpando? Quando falou nela, seus olhos brilharam. Ainda a ama, não é? Mas tem esse orgulho masculino que não o deixa conviver. Conviver é "viver com"... Saber conviver bem é uma arte! É a arte que o amor exige. E para conviver precisamos respeitar, ouvir, agradecer, amar e perdoar sem mágoas. Você consegue fazer isso?
Nisto o ônibus aproxima-se e me preparo para embarcar. O rapaz diz: 
- Espere! Vou com a senhora! Por favor, continue a falar...
- Não. Pense bem e vá procurar sua esposa. Ela o está esperando.
- Obrigado, dona! Qual é o seu nome?
Entro no ônibus e, da janela, respondo sorrindo:
- Sou seu "anjo". Você precisava de ajuda. Agradeça a Deus e que Ele te abençoe. Seja Feliz!


segunda-feira, 14 de maio de 2012

Para Paulo e Mª Luiza


Meu irmão Paulo está passando por uma série de exames, por questões de saúde e naturais da idade. Nós temos orado, pedindo a Deus forças e vontade de viver para ele. É natural que a família fique preocupada.
Então enviei para o Paulo umas mensagens para fortalecer o espírito e esta carta para minha cunhada:

Mª Luiza,
Deus, depois que fez o Homem, resolveu aprimorar e fez seu projeto mais importante: A Mulher!
Ela seria presença em todos os atos da humanidade: seria a Mãe de Jesus Cristo!
Então nos fez da costela. Por que? Porque ela é curva, forte e limpa. 
Curva para abrigar o coração (amor).
Forte para suportar e ajudar a resolver os problemas, sempre sendo o elo de união da família
Limpa porque tem fé, esperança, amor à vida e a Deus!
Sabe o que eu dizia sempre para minhas alunas, quando choravam ou se entregavam às decepções, para valorizar a Mulher?
- Não chorem! Se lágrima valesse alguma coisa, cairia no bolso! 
O Ser Humano, a começar das crianças e terminar nos idosos, sempre vão depender de nós.
Então sejamos fortes, alegres, cheias de amor e agradecidas a Deus pelo dia-a-dia de nossas vidas, porque nossa missão se espelha na vida de Maria - nossa Mãe de Misericórdia.
Eu faço minhas orações agradecendo e pedindo forças e proteção divina pela nossa missão e pelas nossas famílias. 
Esta é a força que peço para você, Paulo e família. Que Deus os proteja e abençoe.
Amém,                                   
Luzia     
               

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Cozinhar é uma arte! (2)


Que bom que aprendi a cozinhar com prazer!
Casei-me com um francês: bons gourmets e gulosos! :) E ainda moramos por alguns anos em uma cidade/"canteiro de obras" na fronteira de Goiás com Minas, onde a empresa responsável era italiana. E os italianos também são bons de garfo!...
Os italianos eram bons amigos, sociáveis e sempre trocávamos jantares em família.
Um dia, uma menina italiana - a Roberta - minha afilhada, disse-me:
- Mamãe fez sua receita, mas não ficou tão gostosa quanto a sua!
- Ah... - respondi brincando - é que ela não colocou as "3 cuspidinhas!"
Com uma cara de nojo total, muito divertida, ela retrucou na hora:
- Nossa, você cospe na comida???? Que nojo!!! 
E saiu correndo...
Nem deu tempo de explicar que as tais "3 cuspidinhas" são, na verdade o modo de executar, de modificar e "recriar" a receita, dando-lhe um toque diferente e pessoal.
Vários anos depois, mais recentemente, a Roberta já adulta e até casada e morando na Irlanda, estive em São Paulo para o aniversário dela (em 15 de março), aproveitando a oportunidade de vê-la já que ela estava no Brasil visitando os pais. Fui especialmente para vê-la, pois fazia muito tempo que não nos víamos - por motivos alheios à minha vontade nem pude ir ao casamento dela.
Levei uma cópia do meu caderno de receitas para ela uma outra para minha comadre, sua mãe, a amiga Darci.
Massino, meu compadre, folheia o caderno com carinho e diz feliz: 
- Que bom! A melhor comida que já comi no Brasil é a da Luzia!
Cozinhar bem é a arte de conquistar amigos!!!

A seguir, uma das minhas receitas que sempre fez muito sucesso entre os amigos:


COXINHAS GRATINADAS
ou
COXINHAS COM BACON E CERVEJA

  • Tempere coxas de galinha com seu tempero habitual, sem exagerar. 
  • Enrole na parte grossa 1 fatia de bacon. 
  • Coloque no tabuleiro untado e regue generosamente com a cerveja. 
  • Leve ao forno quente. 
  • De vez em quando, jogue o molho formado sobre as coxinhas. 
  • Deixe no forno até o molho secar e o bacon gratinar. 
  • Retire a forma do forno e remova as coxinhas. 
  • Reserve. 
  • Faça um molho aproveitando o "resíduo" que fica na forma, acrescentando cebolas, cheiro verde, etc...
  • Sirva as coxinhas gratinadas, com o molho à parte, purê de batatas e arroz branco.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Cozinhar é uma arte!


Quando meu pai faleceu eu era ainda menina, uns 7 anos. Éramos 6 irmãos (3 meninas e 3 meninos). Minha mãe, viúva ainda moça, não quis casar-se novamente. Criou os filhos sozinha! Mas todos nós tínhamos que ajudar nas tarefas de casa, já que ela saia o dia todo para dar aulas, como professora.
Uma das funções dadas por mamãe, durante minha infância e juventude, era cozinhar. Não gostava! Durante a "minha semana" os irmãos diziam:
- A "gororoba" está pronta! Quem se arrisca?
Eu chegava a pagar as irmãs para que cozinhassem no meu lutar...
Um belo dia resolvi mudar! Comecei a ler e colecionar receitas, sempre tentando inová-las com alguma "pitada" de tempero diferente. E não é que acertava?!... Adeus "gororoba"... (mas guardava os "segredos" a sete chaves!)
Nisto, minha irmã fica noiva e a família do noivo veio almoçar na nossa casa. Fiz a sobremesa: um pavê. Minha irmã se "assenhorou" dele, como se tivesse sido ela quem preparou.
A futura sogra provou e disse a ela:
- Está uma delícia! Você quem fez? Quero a receita!
E logo providencia lápis e papel para ela escrever a receita...
Minha irmã ficou apurada, sem saber o que fazer. Salvei a situação dizendo:
- Esta receita era da minha avó, e nós lhe prometemos guardá-la em família, para ela ser sempre lembrada...
É claro que a sogra depois ficou sabendo a verdade, e nós trocamos muitas boas receitas e boas risadas!... :)


PAVÊ DELICIOSO

ü  500g de biscoito champanhe
ü  300g de açúcar
ü  250g de manteiga sem sal
ü  200g de amêndoas sem casca
ü  300g de frutas cristalizadas
ü  1 lata de creme de leite
ü  2 gemas
ü  1 dose de vinho ou outra bebida

Bata a manteiga até virar creme. Ponha o açúcar, as gemas e continue a bater. Ponha as frutas picadas, as amêndoas moídas e o creme de leite.
Molhe os biscoitos no leite com o vinho.
Faça camadas: 1 de biscoito, 1 de creme.
Leve ao congelador até ficar firme. Desenforme e cubra com creme ou outra cobertura a gosto. Enfeite a torta com pedaços de frutas cristalizadas.


sexta-feira, 4 de maio de 2012

Sucesso é alegria!



Meu irmão Paulo, escritor premiado, diz que tenho o dom de lecionar, de ensinar para os jovens... (Obrigada!)
Pensando nisto, lembrei-me que, de fato, gostava de ser professora e até hoje ajudo os jovens da vizinhança nos seus trabalhos escolares e com aulas particulares, de graça.
E fico feliz com o sucesso deles!
Um desses alunos foi o Anderson.
Ele era um menino levado e não se interessava pelos estudos. Trouxe-o para estudar comigo e perguntei-lhe:
- Que pessoa é mais importante na sua vida? 
- Meus pais! - disse.
- Você está errado. A pessoa mais importante na sua vida é você! A vida é sua, o futuro é seu, a liberdade é sua e as oportunidades também. O que você tem feito para aproveitá-las bem?
Ele, naturalmente, não soube responder.
- Bem, vou ajudá-lo, mas exijo frequência, observação dos horários e responsabilidade.
O garoto tomou gosto pelos estudos, começou a trazer colegas para aproveitarem a tranquilidade do ambiente e a minha biblioteca - que não é nada pequena! E liderava os colegas para que não perdessem tempo com conversas!...
Passou direto no vestibular da Universidade Federal de Uberlândia. Atualmente, quase formado, tem sua própria empresa e até já comprou um carro 0Km!
A mãe um dia reclamou que ele adquiriu um "vício": de gostar de ler...
- Ele está sempre gastando dinheiro para comprar novos livros!
- Que bom! - disse eu - Amém!!! Este "vício" eu também passei para os meus filhos e meus netos.

Depois de um tempo, a mãe dele, seguindo o exemplo do filho, fez o supletivo, passou no vestibular para Pedagogia e, sempre que possível, dou uma "força" nas suas pesquisas e trabalhos escolares. 

Fico muito feliz quando esse "vício" pega! ;)

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Madre Teresa de Calcutá


Sempre admirei o trabalho incansável e carinhoso da Madre Teresa de Calcutá com os pobrezinhos.
Apesar da fragilidade e doenças, era incansável, sempre presença e esperança dos necessitados.
Lendo Ágape, do Padre Marcelo Rossi, encontro esta preciosidade de M.e. Tereza, é o seu poema da paz e do amor:
O dia mais belo?
Hoje
A coisa mais fácil?
Equivocar-se
O erro maior?
Abandonar-se
A raiz de todos os males?
O egoísmo
A distração mais bela?
O trabalho
A pior derrota?
O desalento
Os melhores professores?
As crianças
A primeira necessidade?
Comunicar-se
O que mais faz feliz?
Ser útil aos demais
O mistério maior?
A morte
O pior defeito?
O mau-humor
A coisa mais perigosa?
A mentira
O sentimento pior?
O rancor
O presente mais belo?
O perdão
O mais imprescindível?
O lar
A estrada mais rápida?
O caminho correto
A sensação mais grata?
A paz interior
O resguardo mais eficaz?
O sorriso
O melhor remédio?
O otimismo
A maior satisfação?
O dever cumprido
A força mais potente do mundo?
A fé
As pessoas mais necessárias?
Os pais
A coisa mais bela de todas?
O amor.

Este poema nos leva a refletir, fazer um exame de consciência e procurar melhorar, e ajudar os necessitados!
Bendita Beata Madre Teresa de Calcutá!