quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Micos na fazenda

Ainda mocinha, fui passear na fazenda de um cunhado. "Cheia de mim", professoranda da Capital, tinha muito que ensinar... Oh, como aprendi!

I - Passando pelo terreiro, vejo uma grande quantidade de grãos pretos no chão, e um colono agrupando-os com uma pá. Muito admirada, exclamei:
- Nossa! Como tem cabrito nessa fazenda! Onde eles estão?
   Passei o resto da temporada sendo convidada para ver os rebanhos da fazenda... (oras, nunca tinha visto café secando ao sol!...)



II - Fui convidada por um jovem fazendeiro da redondeza, um "gato", para passear de bonde com ele. Logo respondi:
- Você está brincando, não é? Não vi nenhum trilho por aqui, nem fios elétricos!...
   O rapaz saiu sem nada responder...
   Mais tarde eu soube que a expressão "andar de bonde" na região era "namorar".
   Que oportunidade perdida! :)



III - Convidada para almoçar noutra fazenda, serviram feijão com testículos de bode, além do bode assado...
     Olhei para o prato, disfarcei, bati nele "sem querer" e ele caiu no chão.
- Desculpe!
   Respondeu-me a dona da casa:
- Não tem importância, minha filha. Tem um caldeirão cheio lá na cozinha! Vou buscar outro prato para você.
   Aí é que eu aprendi a comer pimenta. Foi a solução para poder engolir sem mastigar e nem sentir o gosto!
   Só fiquei com os lábios cheios de bolhas, por vários dias...



Agora perguntem se eu gosto de fazenda...

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