quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Matemática...

Entro na sala do André, quando ele estava na 2ª série. Havia um problema escrito no quadro.

          Pedro tem 5,00 e quer comprar uma bola de 7,50. Quanto ele precisa a mais?

Ouço a professora dizer:

- Que operação vamos fazer aqui? Olhem bem! Aqui está escrito a mais.

Os alunos, naturalmente, respondem:

- Somar!

- Muito bem! - diz ela... - Podem copiar e resolver o problema.

Imediatemente peço licença e digo às crianças:

- Tenho um recado para vocês. Vou apagar o quadro e escrever o horário de provas para vocês copiarem. Está bem?

E, ao sair, digo para a professora:

- Preciso falar com você...

Ela vem comigo. Passei o mesmo problema para ela e pedi para que o resolvesse. Não é que ela soma?!? Eu pergunto:

- Se eu quero comprar 1 bola de 7,50, porque eu precisaria de ter 12,50 para comprá-la?

Ela diz:

- Então o "a mais" está errado no enunciado do problema?

- Não! Ele está dizendo: "de quanto ele vai precisar a mais do que já tem para completar os 7,50, que é o preço da bola?"

- Nossa! Nunca pensei nisto!

A partir daí comecei a dar aulas de matemática para o André em casa...

O ensino da matemática hoje em dia... Será que ajuda a desenvolver o raciocínio assim?

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