quarta-feira, 30 de maio de 2012

Problemas de Coração



Uma vez ouvi de um médico: "O único jeito de não envelhecer é morrer jovem!"
Ainda bem que não sou velha! Tenho idade... isto é, experiência.
Outro dia, acompanhando meu marido René a uma consulta, o cardiologista perguntou-me se eu queria fazer os mesmos exames que ele estava pedindo para o René.
Respondi:
- Não. Obrigada! Infelizmente doença é palavra feminina, e não pode ver médico que logo fica assanhada, aparece e ainda chama as colegas!... Deixe as minhas doenças dormirem sossegadas...
Ele deu uma gostosa gargalhada, claro! Mas mesmo assim pediu os exames (que faço de tempos em tempos), e eu continuo a tomar meus remédios regularmente. 
Então, veio-me à lembrança um fato que ocorreu comigo.
Quando nos mudamos para Uberlândia, antes de 2000, sentia dores no peito e falta de ar. Como ainda tínhamos um bom plano de saúde, procurei um cardiologista do plano. Ele pediu um cateterismo, dizendo que era um exame rápido, sem problema.
Fiz o exame, mas antes de sair de casa rezei para o Santo do dia (que era São Brás), pedindo proteção. Até acendi vela para ele, em agradecimento.
O resultado do exame foi terrível: artérias entupidas, inchadas, triste de se ver!
A família toda ficou preocupada e deram seu apoio total com visitas, telefonemas, amizade, orações e até mesmo oferecendo ajuda financeira, caso fosse necessário.
Mas eu "empaquei", e não quis operar por nada. Sabem por que?
  • Ainda em repouso pós exame no hospital, um tanto tonta, vi ao meu lado minha mãe balançando a cabeça, dizendo "não"! Foi tudo tão rápido e intenso que me marcou a memória para sempre!
  • Observando o exame, notei que a data que constava nele era 13 de fevereiro. Mas o dia do exame tinha sido 3 de fevereiro (dia de São Brás)...
Oras, concluí que aqueles exames não eram meus! Mesmo com meu nome escrito nas folhas.
Procurando outro cardiologista mais tarde, este recomendou-me fazer novos exames, pois achou que meus sintomas eram pouco preocupantes em relação à gravidade da situação apontada pelos exames, e também estranhou a confusão das datas...
O que é incrível é que nunca senti nada, mesmo tanto tempo depois daquela data! É claro que tomo remédio para controlar a pressão e faço exames de sangue (colesterol, etc) com certa regularidade.
Mas, apesar da minha idade, faço de tudo em casa: cozinho, cuido das compras, do René e de todos os compromissos que tenho. Mesmo tendo a ajuda da minha filha, faço muita coisa sozinha, e gosto disto!
E olhe que o René já nos passou 3 grandes sustos: 2 infartos confirmados (teve mais um que foi inconclusivo) e 1 AVC (derrame), agravados por ser diabético. Como felizmente foi atendido a tempo e com eficiência pelos médicos e enfermeiros da Medilar (um plano de saúde exclusivo para atendimentos de emergência), e dos UAIs (unidades de atendimento médico da prefeitura) de Uberlândia, tudo correu bem.
Apesar destes sustos e do desgaste que é cuidar de alguém doente, o que exige atenção integral, tenho saúde, muita energia, gosto de viver. E tudo isso apesar da idade!
E olhe que não sou velha, só tenho muita idade! :) E gosto muito da vida.

Velha é a... ;)

Conclusão: cuide-se, vá a um bom médico, tome os remédios que precisar. Mas confie na sua intuição. Você se conhece melhor que ninguém! 

4 comentários:

  1. Bela lição minha querida.
    Penso exatamente como você.
    Um abraço e linda vida paa vocês todos aí...beijinhos

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  2. Tenho que concordar com você. Velha é a...;). Admiro muito mesmo toda essa energia e alegria de viver. Faz muito bem pra gente.
    Abraços!

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  3. Que maravilha te encontrar aqui neste vasto mundo de blogueiros.Adorei teu espaço e estarei seguindo com certeza esta pessoa incrível que traz á flor da pele e no coração esta juventude inata e maravilhosa.Meu muito grande abraço.

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  4. Velha é a ... AVÓ! Sempre. A mãe, NUNCA!

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